sábado, 19 de dezembro de 2009

Singularidades de uma Rapariga Loura (2009)

Singularidades de Uma Rapariga Loura de Manoel de Oliveira era um filme que me despertava alguma curiosidade já há algum tempo. Recentemente lá ganhei coragem e vi. A curiosidade advinha não só por ser um filme do Manoel de Oliveira como também pela participação da Catarina Wallenstein que digo será uma das grandes actrizes portuguesas do futuro.
Começo a ver o filme e o pior que anseava concretizou-se. Praticamente cinco minutos de silêncio onde temos um revisor a picar bilhetes. Momento este que só culminaria com o final do filme (felizmente pouco mais de uma hora depois) quando se vê o comboio seguir a sua viagem durante mais três minutos. Só aqui vão quase dez.
Pelo meio temos Leonor Silveira e Ricardo Trêpa a falarem um com o outro mas sempre a olharem a câmara e nunca a interagirem um com o outro. Monótono é a única palavra que me ocorre para descrever tão sem graça momento cinematográfico.
Pelo resto dos restante breves minutos do filme temos uma relação sem sal entre a personagem de Ricardo Trêpa e Catarina Wallenstein que em nada adianta nem no cinema português e muito menos nos míticos pares românticos que ficaram imortalizados no cinema. Não há química entre ambos mas sim um deambular de palavras sem graça e sem qualquer tipo de fluência. Pior não poderá haver (espero).
E os desempenhos... esses, meu deus, fracos, muito fracos, do pior. Espero que qualquer um dos actores se lembre de escolher papéis que os façam brilhar um pouco mais, porque estes e aqui, são de esquecer. Uma mancha no seu percurso profissional.
Com todo o respeito que me merece esse eterno Manoel de Oliveira, afirmo sem problemas que este deve ser de longe o seu pior filme. Por tudo. É um filme mole, sem graça, sem cor, sem energia e sem aquela dose de um quadro em movimento a que Oliveira nos habituou.
Um momento positivo do filme? Simplesmente não houve.

1 / 10

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