segunda-feira, 13 de setembro de 2010

The Damned United (2009)

Maldito United de Tom Hooper é um drama com leves toques de comédia que conta com a participação de Michael Sheen, Timothy Spall e Colm Meaney sendo secundados por Jim Broadbent.
A história gira em torno de um treinador futebolístico de um pequeno clube inglês que sempre ambicionou estar a comandar um dos principais clubes de futebol do país.
A sua ambição... sim, é apenas e só de ambição que falamos, é tão grande e de tal forma obsessiva que Brian Clough (Michael Sheen) esquece tudo e todos os que o rodeiam em nome daquilo que ele quer... chegar ao topo.
Após inúmeras tentativas e alguma fama conquistada é um facto que alcança aquilo que sempre lhe foi comandado pela ambição no entanto, é uma vez chegado ao topo que percebe que afinal essa ilusão de fama não justifica todos aqueles que foi perdendo pelo caminho bem como uma vez chegado a esse lugar pode encontrar exactamente o oposto do que esperava... uma total solidão.
Com um argumento escrito por Peter Morgan, o mesmo argumentista d'A Raínha, baseado na obra de David Peace sobre a vida real do treinador Brian Clough, este filme tem alguns momentos interessantes que nos descrevem perfeitamente o quão perigosa e solitária pode ser a ambição. No entanto àparte desses ocasionais momentos o filme não é, de uma forma geral, inspirado.
Se as interpretações de Michael Sheen e Timothy Spall até conseguem estar bem conseguidas e com algum carisma, ao vermos a totalidade do filme percebemos que falta lá algo. Consegue atingir bons momentos mas tão depressa lá estão como deixam de estar levando o filme, quase, ao esquecimento.
Não deixa de ser interessante de se ver mas não é daqueles filmes que muitos de nós (se é que alguns) irão poder dizer que se recordam daqui a um par de anos. Falta-lhe o carisma de outros filmes que abordam o tema "futebol" ou a força que caracteriza os mesmos em termos de ambição como por exemplo o seu conterrâneo A Máquina apesar de no fundo as temáticas acabarem por ser bem diferentes se bem que centradas no mesmo meio.
Uma boa ressalva à interpretação de Michael Sheen que não deixa, ainda assim, de ser bem positiva pois demonstra e relata muito bem o quão corruptível pode ser a ambição.

7 / 10

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