sexta-feira, 22 de outubro de 2010

American Dreamz (2006)

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American Dreamz de Paul Weitz é um filme que aguardava com alguma expectativa para poder ver. Com participações de Hugh Grant, Dennis Quaid, Willem Dafoe e Mandy Moore nos principais papéis secundados por um extenso grupo de actores onde se destacam ainda Chris Klein, Marcia Gay Harden, Jennifer Coolidge e Shohreh Aghdashloo, aqui temos ums história que descreve no pior dos sentidos aquilo que é a construção da fama e a sociedade vidrada na afirmação de novas "estrelas" que o poder mediático da televisão pode criar.
Dito isto o que é que temos afinal aqui? Bom... para começar temos um campo de treino de terroristas no Médio Oriente onde, um dos potenciais, tem mais jeito para musicais da Broadway do que necessariamente fazer rebentar alguma bomba e que, como tal, é enviado para os Estados Unidos para nunca mais provocar vergonhas junto dos seus colegas.
Temos ainda a saloia de serviço Sally Kendoo (Moore) que tudo o que faz é programado ao detalhe para alcançar o estrelato e a fama revelando que afinal não é tão saloia quanto isso.
Como não poderia deixar de ser temos o casal Presidencial (Quaid e Gay Harden) que são uma reprodução clara e demasiado óbvia dos antigos ocupantes da Casa Branca, que vivem desesperados por aprovação e mostrar sinais de inteligência onde eles, de facto, não existem.
Finalmente temos o apresentador favorito e mais mediático de um programa musical Martin Tweed (Grant) que vive demasiadamente centrado no seu próprio umbigo para conseguir dar atenção seja ao que fôr.
Todas estas personagens se interligam de uma ou outra forma e aquilo que mostram é, na sua globalidade, uma comédia muito mediana. A ligação destas personagens com pessoas que de facto "conhecemos" de ver na televisão é demasiado óbvia. Vejamos... O casal Presidencial mais não é do que um retrato parolo do já por si parolos George W. e Laura Bush. O apresentador televisivo de American Dreamz é uma clara "cópia" do apresentador do American Idol Simon Cowell, não fossem até os dois de terras de Sua Majestade. E claro, temos depois as personagens "tipo" que representam as inúmeras classes e tipos de pessoas que habitam esse grande território que são os Estados Unidos.
Assim, temos este filme que mais não é que uma piadola algo barata à tentativa levada até aos últimos limites que algumas pessoas fazem para alcançar o estrelato, a fama e os tais "15 minutos de fama" que tanta, mas tanta pessoa procura como forma de validar e dar algum propósito à sua triste vida.
Na realidade o filme não convence muito. Tem um ou outro momento mais bem conseguido e que nos faz rir um bocadinho (muito pequeno) mas depois na realidade mais não é do que hora e meia de algo muito parado, confuso e sem graça verdadeira, o que contraria outros trabalhos do realizador como Era Uma Vez um Rapaz ou American Pie. E com isto quero dizer que nem o elenco de bons actores que o filme tem o consegue salvar.
Quanto ao resto... Bom... À excepção de um ou outro momento que tem uma relativa piada ao parodiar o "americano comum", o filme falha completamente em todas as frentes. Não convence, não seduz e honestamente nem chega a ser agradável ou muito cómico. Vê-se...
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6 / 10
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