domingo, 20 de março de 2011

Dance Flick (2009)

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Marados da Dança de Damien Dante Wayans é um daqueles filmes que são estranhos demais para sequer se fazer um comentário, mas... lá se vai tentar.
Thomas Uncles (Damon Wayans Jr.) gosta de dançar e participa em muitas "batalhas" de dança. Ferido no orgulho depois da última perda reconsidera a sua paixão. Megan White (Shoshana Bush) adora ballet, no entanto depois da morte da sua mãe decide também ela abandonar a dança e entrar numa escola de ensino regular.
A partir daqui já sabemos a linha que irá guiar este filme... Thomas e Megan conhecem-se, apaixonam-se e retomam o seu sonho de dançar como se de ar para respirar se tratasse.
Depois desta descrição podemos pensar que estamos num filme romântico lamechas e que além da história de amor nada mais irá suceder. Não podíamos estar mais enganados. Aquilo que aqui temos é sim uma história de comédia... mas não é uma comédia qualquer. É um daqueles filmes que desde que começa até que termina tem como o seu único objectivo escarnear um conjunto de filmes muito tipificados. Desde os romances de liceu aos filmes raciais passando pelas comédias sensação, aqui tudo sem excepção é alvo de ridicularização.
Muito ao estilo do Scary Movie, este Marados da Dança faz do seu único objectivo tornar ridículos todos os momentos cinematográficos do ano em que estreou. E o pior é que não são quaisquer momentos... são sim aqueles que todos nós recordamos de outros filmes e que gostaríamos de preservar como interessantes mas que aqui são, por sua vez, do mais disparatados aos mais grosseiros que alguma vez poderíamos sequer imaginar.
De argumento este filme não tem nada. Não tem um fio condutor ou sequer se preocupa em contar uma história. Aqui a única preocupação latente é apenas e só o facto de poder gozar e escarnear com os outros filmes... nada mais. A sua concretização depende do quão mais grosseiro se torna o momento... Quanto maior fôr mais "graça" tem e por sua vez mais eficaz foi.
A única palavra que de repente me lembro para poder caracterizar este filme é apenas e só uma... grotesco. Por muito cómicos que alguns dos momento sejam, existe no seu âmago apenas um objectivo... o grotesco. A vontade de nos revoltar o estômago ou de criar situações disformes e absurdas onde os actores apenas se limitam a andar por ali a fazer figuras menos dignas é imensa e, como tal, além de um ou outro momento de comédia mais bem conseguido, este filme é uma perfeita nulidade.
Vê-se, lá nos rimos muito ocasionalmente e no final temos ou uma leve impressão de não ter sido nada de jeito ou então já nem sequer nos lembramos de como tudo aquilo começou.
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2 / 10
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