quinta-feira, 1 de março de 2012

An American Haunting (2005)

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Assombrados - Uma História Americana de Courtney Solomon foi inicialmente uma surpresa por ter Donald Sutherland, um dos meus actores preferidos, como uma das suas principais interpretações.
Esta história inicia-se na actualidade quando uma mulher começa a ler a história da sua família ao mesmo tempo que a sua filha tem um conjunto de terríveis pesadelos. De imediato somos transportados para o início do século XIX onde têm lugar os acontecimentos descritos nas cartas que foram deixadas sobre a história da família.
Aquilo que de início aparenta ser uma simples disputa de terras em tribunal ganha outros contornos quando a família Bell se torna vítima de um conjunto de investidas de uma entidade que atormenta o patriarca da família e a sua filha mais velha.
A tranquilidade e paz que faziam dos Bell uma família respeitada termina com uma enorme descida aos infernos onde nenhum deles consegue levar uma vida normal. O que será que aquela entidade realmente pretendia daquela família?
Disse anteriormente que este filme foi uma agradável surpresa porque não só por ter muita estima pelo seu actor principal, como também por me parecer ser uma interessante história de suspense e terror que poderia muito facilmente conseguir encostar-nos à parede com os potenciais sustos que iria provocar.
Seguindo esta linha de pensamento, a grande surpresa provocada pela real intenção, e identidade, da entidade que consegue ser não só inovador como interessante mediante o contexto da história, é completamente abafada pela privisibilidade que este acontecimento do século XIX vem trazer para o desfecho da mesma na actualidade. A partir do momento em que percebemos as reais intenções daquela entidade ficamos a perceber no mesmo instante como esta história influência os "actuais" acontecimentos.
É esta mesma previsibilidade que transforma o filme em algo banal retirando-lhe assim todo o mérito que havia conseguido até àquele exacto instante. De algo quente passa a frio num breve piscar de olhos e, nesta mesma perspectiva, todos os acontecimentos que decorrem nos "nossos dias" são completamente dispensáveis da narrativa.
Das interpretações destaco o sempre grande Donald Sutherland e a jovem mas muito promissora Rachel Hurd-Wood que conseguem ser no meio de tudo as grandes almas do filme se bem que, tal como a história, também as suas interpretações arrefecem dada a previsibilidade com que a história termina.
É um filme interessante e que na maior parte da sua duração consegue surpreender-nos mas que dado o desfecho bastante previsível fruto da junção de duas épocas temporais e "ambientes" semelhantes consegue, a dada altura, perder aquele efeito inovador que tinha conseguido alcançar até então.
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4 / 10
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