sexta-feira, 2 de março de 2012

Uma Aventura na Casa Assombrada (2009)

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Uma Aventura na Casa Assombrada de Carlos Coelho da Silva é a primeira longa-metragem que adapta esta saga literária juvenil escrita por Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada.
Tudo se passa em torno de uma pedra preciosa perdida e que não só um grupo de mafiosos tenta encontrar como também o grupo de heróis destemidos que esta saga, inicialmente televisiva e agora cinematográfica, eternizou.
Os cincro, Chico (Francisco Areosa), Luísa (Margarida Martinho), Teresa (Mariana Martinho), João (César Brito) e Pedro (Luís Lopes) embarcam assim numa aventura juntamente como Filipa (Sara Salgado) pela antiga propriedade da sua família e tentar então encontrar a jóia há décadas perdida.
Com o apoio de Ester (Sofia Grilo), o espírito que ainda "pernoita" pela casa e com as investidas sem fim de Bárbara (Sandra Barata Belo) e do trio de alemães Reinhardt (André Maia), Otto (João Didelet) e o seu chefe (Christopher Murphy), será que este grupo de heróis juvenis vai finalmente encontrar a jóia?
Aquela que é uma saga literária que fez as delícias de uma geração (lamento aos fãs mas assumo-me como um anti-saga visto nunca lhe ter conseguido achar qualquer tipo de interesse), tem após a incursão televisiva, que não foi nenhuma pérola, uma adaptação cinematográfica que foi um total e completo desastre. Não só as interpretações do elenco no seu todo são pobres, às já referidas participações podemos ainda acrescentar Ricardo Carriço e Ana Padrão), e sem qualquer conteúdo que de uma forma coesa faça ver a importância de cada uma das personagens na história, também o próprio argumento é algo feito para jovens como se estes fossem "especiais".
Honestamente falando, duvido que exista um qualquer adolescente dos dias de hoje que se reveja ou identifique sequer com estas histórias, e menos ainda que tenha um mínimo de interesse em ir ver o filme ao cinema. Lembro-me que o alarido gerado em torno desta versão cinematográfica foi muito, podem agradecer à SIC que o patrocinou, mas o que é certo é que tão depressa veio como se foi sem que alguém lhe desse grande destaque ou atenção.
Pobres são também os escassos efeitos especiais que tentaram fazer deste filme algo de "diferente" mas, se em alguma perspectiva eles funcionaram, foi mesmo na vertente de mostrar aquilo que não se deve fazer. Ou mesmo as vozes distorcidas como se de fantasmas se tratassem... Enfim, é realmente caso para dizer que a pobreza reina aqui. O cinema português até à data não é especialista em recorrer a grandes e elaborados efeitos. O que é certo é que aqueles aqui feito colocam o filme ao nível daquelas pérolas que passam às tantas da manhã onde um grupo de abelhas/vespas/anacondas, dizimam populações inteiras naquilo que se pode chamar de um banho de sangue. Aqui sangue propriamente dito não há mas, no entanto, temos os actores aos saltos a olharem no vazio naquilo que qualquer um de nós pode facilmente chamar de disparate.
Podia ter sido feito com o intuito de atrair jovens às salas de cinema... Sendo "podia" a palavra-chave pois de facto os resultados finais ditam exactamente o contrário. É um filme pobre, sem um grande conteúdo que desperte interesse do público, seja ele da idade que fôr, e que mais não é do que uma pobre justificação para dizer que se faz "cinema".
Se alguma coisa de útil se pode dizer sobre este filme é que ele é perfeitamente dispensável.
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