segunda-feira, 20 de agosto de 2012

As Noivas de Maio (2008)

As Noivas de Maio de André Cerqueira foi mais um dos telefilmes que a TVI produziu no segmento Casos da Vida, o qual abordou neste filme, um tema que muitos querem ainda ignorar como é o caso da violência doméstica.
Acompanhamos assim a história de três mulheres. Vítória (Maria João Bastos) que nos preparativos para o casamento com Afonso (Nicolau Breyner), acaba por se apaixonar pelo filho deste Marco (Marco d'Almeida), para a fúria do seu futuro marido que não deixará que tal romance avance. Alice (Paula Neves), vítima da violência de Tó (Joaquim Nicolau), o seu marido abusivo, chegará ao ponto em que quase enlouquece. E finalmente Diana (Rita Pereira) uma modelo famosa que vive um relacionamento com Jorge (José Wallenstein) que abandona Antónia (Vera Alves) a sua mulher e que depois vive uma relação desprendida com Diana quando esta descobre sofrer de um cancro.
Todas estas mulheres se encontram, de uma ou outra forma, na loja As Noivas de Maio, propriedade de Anabela (Marisa Cruz), onde acabam por saber das suas histórias e onde todas irão encontrar um desfecho mais ou menos feliz para as suas vidas.
Com um argumento de Alexandre Borges, Melissa Lyra, Ana Vasques e Rui Vilhena, promissor em termos de conteúdo, não deixa de ser igualmente verdade que pela quantidade de histórias inter-cruzadas e nem todas elas desenvolvidas da melhor forma, aquele que poderia ter sido um dos melhores telefilmes produzidos por este canal, acaba por se limitar a ser apenas interessante e com desempenhos que vão muito acima da média daquilo que as suas personagens poderiam, à partida, permitir. Exemplo disto está o claro notável desempenho de Paula Neves que demonstra uma vez mais ser um actriz capaz de ir muito mais além do habitual registo de telenovela a que nos habituou.
Interessante mas claramente um trabalho que poderia ter ido mais longe tanto devido aos actores que tem como pela própria história e que, se tivesse reduzido o número de tramas paralelas limitando-se apenas à central teria sido um telefilme bem mais conseguido e eficaz que, ainda assim, vale a pena ver.
.
6 / 10
.

Sem comentários:

Enviar um comentário