quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Hitman (2007)

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Hitman - Agente 47 de Xavier Gens é um simpático filme de acção com as devidas intrigas políticas à mistura que nos relata a crescente relação entre o impiedoso Agente 47 (Timothy Olyphant) e Nika (Olga Kurylenko), uma misteriosa mulher russa que ele havia ficado de assassinar, originando assim que a sua moral e consciência encontrassem novas referências que, até à data, haviam de certa forma sido apagadas da sua memória.
Perseguido por aqueles que o haviam contratado, pela polícia militar russa e por Whittier (Dougray Scott), um competente polícia da Interpol, a única solução que resta ao Agente 47 é fugir por uma Europa de Leste que só por si já apresenta perigos suficientes.
Pessoalmente, e se analisar do ponto de vista dramático ou de um conteúdo com uma interessante mensagem a transmitir, não posso dizer que o argumento deste filme seja o mais coerente ou intenso, no entanto o argumento da autoria de Skip Woods é eficaz se pensarmos que abre uma porta muito grande para a continuidade que se pode dar em particular à personagem do Agente 47 e, em potência, à existência de uma quantidade de agentes antes e depois do referido que façam prolongar esta saga ao longo dos anos com títulos mais ou menos competentes no cinema e na televisão. Deste ponto de vista o seu potencial não tem limites.
E directamente relacionado com este anterior parágrafo está o pouco desenvolvimento atribuído a cada uma das personagens que têm todo o potencial de "regressar" à acção numa dessas potenciais sequelas que certamente irão aparecer ao longo dos anos. Muito fica por dizer de todas as personagens (sem excepção), e percebemos que por muito que elas possam referir sobre o seu passado, outro tanto estará certamente por dizer. Dito isto, é fácil perceber que o forte deste filme não reside nem de perto nem de longe no potencial mais ou menos dramático que as suas personagens podem reter.
No entanto, há também que fazer justiça ao facto de no que diz respeito às intensas cenas de acção e suas respectivas coreografias, Hitman é um filme que tem bastante para dar. As lutas entre os vários agentes e os locais mais ou menos bizarros nos quais as executam conseguem ser desafiantes e estimulantes para qualquer espectador. Por muito que tentemos, não conseguimos dar devida justiça a todo o seu aspecto visual apenas como uma visualização deste filme e, depois de as vermos pela primeira vez damos por nós a retroceder nas imagens para repetir e descobrir mais elementos que compõem uma estranha beleza que estas nos dão.
Assim, e se partirmos para este filme com uma mente aberta e receptiva a que ele não seja mais do que um filme com alguma acção e de puro entretenimento, certamente não nos iremos desiludir por o ver e, no final, teremos possivelmente adquirido alguma interessante distracção e uma mente relaxada que descansou depois desta história. Se no entanto esperamos ter aqui o próximo filme que vai arrebatar inúmeros prémios pelo seu potencial e mensagem... bom... mais vale a pena esperarmos bem sentados.
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6 / 10
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